Este é um espaço de interação que pretende compartilhar tudo sobre o I Seminário de Mídias Sociais, Educação e Subjetividade promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC) da Universidade do Estado da Bahia. Colabore! Compartilhe!

sábado, 28 de fevereiro de 2015

#FacebookagoratemOpçõesIlimitadasdeGêneronoPerfil

No começo de 2014, o Facebook já havia ampliado as suas opções de gênero, quando incluiu além de “masculino” e “feminino” a categoria “outro” que permitia escolher outras definições de gênero em um menu.
Porém, isso não foi o suficiente e agora eles adotaram uma postura similar à do Google+, permitindo que o usuário não fique preso às opções de menu e possa incluir qualquer resposta que desejar ao selecionar “outro”.
Além disso, também é possível selecionar o pronome que desejar ser referido, sendo as opções possíveis feminino, masculino ou neutro. A ideia é que a mudança possa abrir a possibilidade para diálogos e ajudar na aceitação de pessoas que não se identificam como homem ou mulher.
Porém, pelo menos por enquanto, a novidade ­­­está disponível apenas para alguns usuários, mas deve ser expandida para todos os perfis em breve.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

#Educaçãocontemporâneaemídiassociais


Nunca na história da humanidade se registrou tantos direitos, conquistas e espaços, destinados especificamente à infância; estamos vivendo um momento inusitado, repleto de atrativos e opções de toda natureza, que vão cativando cada vez mais as nossas crianças e adolescentes. A criança desde sua concepção, ainda na vida intrauterina já está envolvida nessa lógica, e com o nascimento, em contato com seu primeiro grupo social que é a família já se insere, no envolvente mundo das mídias sociais e do consumo, por extensão. E uma vez inserida neste, fará uso cada vez mais acirrado de tudo que lhe é oferecido.
E a escola? Como esta instituição poderá se preparar para responder às novas demandas destes pequenos seres tão autônomos? Discutir o papel da escola; os desafios e perspectivas da educação contemporânea em meio a uma realidade tão excepcional e tão complexa não é tarefa fácil.
Voltamos a ressaltar o importante lugar ocupado pela criança, em uma sociedade onde ela é quem decide o que comer, o que vestir, o que assistir. Onde, como e quando deve ir. Enfim, vive em conformidade com tudo que lhe é ofertado, muitas vezes indiscriminadamente.
A educação primeira, (aquela que a criança recebe em casa), já não é mais a mesma e nem poderia ser, mediante as transformações ocorridas na própria constituição da família, que deixou de ser “a família nuclear”, constituindo-se nos novos “arranjos familiares”.
Eis ai um paradoxo; como seria possível à instituição escolar atender a essa nova clientela, com novas características, novas expectativas, novos modos de se posicionar no mundo; sem apresentar nenhuma mudança substancial em seu modo de pensar e de agir, onde até mesmo a mobília apresenta-se inalterada, desde sua criação?
O que se constata é a negação coletiva do óbvio. Para o bem, ou para o mal, a escola calcada nos moldes arraigados de outrora não responde mais, às necessidades dessa nova demanda que ora se apresenta. Em seu livro “Redes ou paredes – A escola em tempos de dispersão”, Paula Sibilia destaca um enunciado do filósofo Gilles Deleuze que confirma exatamente este fenômeno. “Já faz mais de duas décadas, portanto, que esse filósofo detectou a implantação gradativa de um regime de vida inovador, apoiado nas tecnologias eletrônicas e digitais”.
Com a invenção da televisão, a humanidade passa por uma transformação conceitual inusitada. Desde o princípio constata-se o fascínio exercido pelas imagens televisivas, que passam a fazer parte da vida das pessoas de forma tão constante que se naturaliza socialmente como parte da própria família; não sendo possível sequer imaginar a vida cotidiana sem esse aparato.  A criança quando chega a ser matriculada em uma instituição escolar já possui anos, ou meses (se considerarmos alunos de creches ou berçários), de contato intenso com esse recurso audiovisual. São combinações perfeitas, minimamente articuladas entre som, imagem e mensagem. Produzidas para envolver plenamente, cercando a individualidade e influenciando fortemente a subjetividade humana. Isso sem mencionar os apelos categóricos dos anúncios de bens e produtos, que são apresentados incessantemente através das bem elaboradas publicidades.
A criança normalmente passa boa parte do tempo exposta aos apelos midiáticos proporcionados pelas tecnologias digitais, e quando está na escola, o que lhe é oferecido, (inclusive os conteúdos escolares), apresenta-se como insuficiente, se considerarmos tudo que já viu, ouviu e viveu. Percebe-se uma insatisfação generalizada.
Cada vez mais, somos inseridos nas redes sociais, onde tudo acontece ao mesmo tempo, onde todos são emissores e receptores, sem uma hierarquia estabelecida previamente. Esse movimento nos permite encontrar no mesmo lugar, entretenimento, informação e conhecimento, de forma concomitante e ágil, não condizendo com a realidade vivida pela escola. Assim, não é de se estranhar que toda essa nova forma de conhecimento entre em choque com a escola, nos moldes que já conhecemos e insistimos em manter. Paula Sibilia, (2012) aponta para um abismo estabelecido entre a escola e os recursos midiáticos deste início de século.
Diante dessa revolução informacional, a escrita alfabética e a leitura, tão bem recomendadas pela escola, não podem permanecer inertes. Nós educadores, pais e professores, não podemos fugir da responsabilidade. Não podemos continuar fingindo que não está acontecendo nada. Os próprios alunos nos dão pistas, de que algo está acontecendo. Essa apatia tão seriamente registrada na maioria das escolas nos dá dicas, revelando a necessidade de mudança, de revisão de postura.
A mídia possui um poder de influência extremamente eficaz, e hoje, mais do que nunca, dita formas de viver e de agir. Tudo o que se consome passa indubitavelmente pelo crivo das mídias sociais.
Um exemplo básico são os aparelhos de celulares. Não importa a classe social, a renda familiar ou a localização geográfica; uma grande maioria do alunado em todo o país faz uso deste recurso, (em algumas localidades mais, em outras menos), tanto dentro, como fora da escola, tanto no período do recreio como no momento da própria aula; seja para se comunicar, para ampliar conteúdos escolares ou simplesmente para aliviar o tédio das aulas cotidianas. Não queremos julgar se isto é bom ou ruim, nem tampouco emitir qualquer juízo de valor. Simplesmente queremos provocar a reflexão.
Não conseguimos vislumbrar outra possibilidade de lidar com o uso dos aparelhos celulares na escola, que não seja fazer uso desta ferramenta a favor do conhecimento. Seria algo descomedido disputar espaço com estes recursos midiáticos, tão recheados de conteúdos, imagens, cores, sons….
A situação fica ainda mais estarrecedora quando destacamos o poder de persuasão da publicidade, de modo geral. Esta nos atinge de forma central, tratando toda uma coletividade de forma particular, parece responder a todas as perguntas, preencher todos os espaços. O ser humano se converte, (diante dos nossos olhos, porque somos nós mesmos), em uma grande e única massa homogênea de consumidores. Estamos cada vez mais aptos a consumir, numa corrida frenética em busca de novas tecnologias, novas marcas… Novos sentidos.
E a escola? E nós, pais e professores? Como vamos lidar com o quadro que ora se apresenta? É preciso refletir cuidadosamente sobre estas questões, lembrando que, para novas demandas são necessárias novas respostas.
(*) Claudia Leite Brandão, Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Educação-PPGEdu/CUR/UFMT – cau_brandao@live.com
(*) Claudia Aparecida Nascimento, Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Educação-PPGEdu/CUR/UFMT – claudia-elucas@hotmail.com

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

#Odireitoàtristeza


"As crianças têm dois deveres. Um, salutar, é o dever de crescer e parar de ser crianças. O outro, mais complicado, é o de ser felizes, ou melhor, de encenar a felicidade para os adultos." 

Assim começa a reflexão de Contardo Calligares sobre O direito à tristeza. Vale a pena.


sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

#SubjetividadeeTeleexistência



Por Cíntia Dal Bello.




#Maisdiscussão


Educação tradicional e educação ubíqua por Lúcia Santaella.



#Maisdiscussão


#Dicadeleitura


#Maisdiscussão

Sociabilidade Virtual: separando o joio do trigo por Ana Maria Nicolaci da Costa.

http://www.scielo.br/pdf/psoc/v17n2/27044.pdf

#Maisdiscussão

Qualquer semelhança, não é mera coincidência?

#GeraçãoSelfie


 Além das Gerações X, Y, Z, Nativos Digitais, Geração @, Geração Digital, Geração Net, Geração Multitasking, Geração C, Screenager, surge mais uma denominação.

http://www.nytimes.com/2014/03/08/opinion/blow-the-self-ie-generation.html?smid=fb-share





domingo, 8 de fevereiro de 2015

#Maisdiscussão

Entrevista com Prof Edvaldo Couto sobre as muitas relações entre tecnologias digitais e educações. A entrevista foi publicada no ALERTA, uma publicação do Núcleo de Disseminação do Conhecimento (NDC) da UFBA.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

#Atéquando,Luciano?


"O curta "Até Quando Luciano?", conta a história sobre um gorila que encontra um smartphone na selva e acaba cometendo as mesmas gafes e vergonhas alheias que vemos e fazemos todos os dias." (Polegar Opositor)




terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

#DepoisdaChuva



 Assisti ao sensacional filme de Claudio Marques e Marília Hughes, Depois da Chuva, em cartaz. Ao sair do cinema, pensava nos acontecimentos daquela longínqua década e de uma adolescência, hoje distante. Sempre tive a impressão de que alguma coisa começava a sair da ordem, nos idos dos anos 1980, e de que, essa nova ordem a surgir, não se limitava às transformações pelas quais passavam o meu corpo púbere e o meu adolescer enquanto idade da vida, a me lançar em um não lugar, entre o passado e o futuro.

No turbilhão dos acontecimentos políticos de um país sendo passado a limpo, depois de duas décadas de ditadura, a política se fazia presente, para mim, nas imagens da televisão com as monumentais passeatas e comícios das Diretas Já ou no discurso entusiasmado de Cazuza, à frente do Barão Vermelho, no inesquecível Rock In Rio, ao apostar num país mais livre, “menos careta” e como promessa de um futuro melhor para juventude brasileira. Esses acontecimentos não encontravam entusiasmo, fé e engajamento ao florescer a minha adolescência – já era um pouco desconfiado em relação às primaveras...

Essa minha desconfiança não era o resultado de nenhuma elaboração mais profunda em relação à política, penso. Talvez fosse o estilo de um adolescente um pouco provinciano e prosaico. Eram as primeiras aventuras amorosas, as leituras furtivas na biblioteca do meu pai, o Rock e a sensação esquisita de habitar um espaço e um tempo que não me pertenciam. Lembro-me de ouvir de algum adulto: você está só passando uma chuva.

A adolescência enquanto idade da vida é marcada por uma suspensão: é preciso fazer o luto da infância que se foi num corpo púbere a preparar a maturidade que ainda não chegou ou não é reconhecida pelos adultos. O resultado é um sujeito a meio caminho, entre o passado e o futuro; não é mais criança, e passa a ser cobrado por isso, mas não tem acesso ao mundo dos adultos, cumprindo uma espécie de “moratória”.

Na segunda metade do século XX, a juventude, ou parte dela, podia encontrar na luta política uma baliza a canalizar suas apostas de superação, não da “moratória”, imposta pela adolescência, mas das contradições do capitalismo e da sociedade de consumo, num deslocamento. O inconformismo e a contestação funcionaram como um abrigo a projetar o sonho de um futuro diferente.

Depois da Chuva é um grande filme por capturar com sensibilidade o instantâneo de um espaço e um tempo onde a promessa de mudança e superação coletivas produziu uma fratura na expectativa social, ao lançar o país ao encontro do dilúvio neoliberal, deixando no horizonte um vazio sem esperança. A orfandade e a desidratação das possibilidades de um sonho de futuro deixou a juventude entregue à própria sorte. A genialidade dos nossos cineastas foi a de condensar numa película a angústia, própria de toda suspensão, no individual e no coletivo. Já dizia o ditado: quem está na chuva é pra se molhar. A questão é quando a chuva não passa.

                                                                                          Por Cláudio Carvalho. 
                                                                   Jornal A Tarde.   
                                                                                                                                        02/2015.